Friday, July 05, 2019

Paradoxo de existência

Este mal que me acomete é provavelmente meu reflexo. Numa eternidade que meu cérebro animal não pode e não consegue recordar, e que porém minha mente me mostra em flashs. E eu sei. Esta mediocridade não me é suficiente. Tamanha dor, sofrimento e cansaço, e desmedida impotência. A causa lógica é a dor e o ódio.
O amor e a beleza sempre foram de boa digestão. Uma pena o bem só ser reconhecido na presença do mal. E as vezes, quase sempre, este mal se torna habitual, de forma a apenas evocar o bem tão desejado e supremo.
Desde meu nascimento nunca aceitei este mal como condição do bem. Esta porém parece ser a lei universal manifestada de opostos. Eu não acredito nela. E não a respeito. O mal é apenas uma sombra causada por objeto diante a luz verdadeira.

Meu vazio se dá por nunca, ou apenas em raras oportunidades perceber esta verdade . O real neste mundo aparece mais em sonhos do que em realidade. Embora alguns devam presenciar severos pesadelos.

Nesta prisão em que séculos seriam um mero eufemismo dizer; nesta prisão em que a solidão é tão perpetua como o sonho de união com o todo. Nós presenciamos esta dualidade, aceitamos e a acatamos em última analise. Eu sei que o próprio nirvana sendo absoluto é apenas uma partícula.

Encerrados em tal coisa ínfima e finita e mesmo assim carregando a semente do eterno ser. Garanto, este Ser ainda é eterno por não se conhecer plenamente. Sua eternidade se dá em evoluir, e se tornar algo a mais do que eterno. Algo que em nossa mente, é seu próprio sangue, sua condição de eternidade. E se ele necessitasse de coração, nossos sonhos seriam os seus batimentos cardíacos.

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