Monday, March 19, 2018

Eterno regresso a si mesmo




....e tinha na minha mente a ideia que quando eu soprava surgia uma espécie de fogo, mas era um fogo gelado, frio, e eu sentia fazer aquele fogo e figurava em minha mente ele ser de um branco azulado. Com isso eu sentia que estava subindo e subindo cada vez mais. A sensação era de muito medo, mas também de uma espécie de prazer. Entao eu fui vencendo aquele medo e subindo cada vez mais, ate que derrepente cheguei ao que seria o teto. Não havia mais para onde subir.
Estava em algum lugar não definido a principio pelos meus sentidos. Eu emergi em um oceano imenso, infinito. La não havia movimento, não havia ondas. Também não havia tempo. Era sempre o tempo presente. Eu era cada molécula daquele oceano. Uma visão ampla estando e sendo o todo daquilo. Visão é o termo exato aqui. 
A sensação era de orgasmo, mas não um gozo terreno como o de uma transa, era uma sensação infinita. Esse orgasmo derivava do saber de se estar em cada molécula. Eu sentia  onipresença e onisciência . Em seguida estava em uma reunião de Deuses pelo que eu entendia no momento. Não cabe a palavra ao significado; era uma reunião de Dyan Cohans ( seres celestes) Eu era um deles, e eles estavam dispostos dessa maneira.





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Quatorze estrelas.
Era uma reunião dos governantes do universo, sobre que decisões seriam tomadas.  Estes “seres- mentes-estrelas” debatiam assuntos, mas não havia linguagem. Uma estrela lançava uma energia para outra, de forma a algo como o equivalente a 5 mil anos de Nazismo por exemplo, contra 3 mil anos de Capitalismo de outra estrela. Essas energias, que no caso eram opiniões bem formuladas, se chocavam uma contra outra, de modo que se desintegravam quando se chocavam uma com a outra e somente energia  mais forte chegava ao outro polo, ou estrela. Era assim que havia a reunião. 

Atras disso haviam vários universos. Eu, ao mesmo tempo que era uma destas estrelas também era todos universos manifestados, era onisciente do todo absoluto, eu sentia e ao mesmo tempo estava em tudo e no todo. Haviam três sentimentos, Paz, Amor e Conhecimento, este ultimo gerava o orgasmo.

Derrepente me percebi, e me lembrei de quem eu era, eu era o Gustavo.   Sem tempo, num milésimo de segundo mergulhei e passei por diversos universos ate chegar a nossa galáxia. Quando cheguei aqui , o que foi instantaneamente, como simples olhar,  pois era só pensar e se estava presente onde quer que fosse no todo, dizia eu, quando cheguei nesta galáxia, eu era todos os planetas e estrelas.
Quando me aproximei da terra, minha presença estava em toda ela, era onipresente e a sensação era de êxtase. Eu era os quatro elementos, todos os animais, todos vegetais, além de todas as almas e espíritos.  Tudo isso como uma visão, estando em cada coisa, cada molécula. Finalmente cheguei ao meu quarto. Naquele momento eu me assistia como que por uma câmera, eu era todos pigmentos de tinta do quarto , o concreto, as roupas e as células que me constituíam.
Nisto eu comecei a voltar. Vi a criação de todos universos, do absoluto. Existe uma unidade, uma molécula que explodiu e gerou todos universos manifestados. Ela se expande e retorna a si mesma. Após a expansão ela suga tudo novamente para si. De forma que ela assiste a si mesma , a sua manifestação. Tudo já aconteceu, o que acreditamos ser futuro é passado, ou um presente não assistido ainda por nós, mas já existente. Somente há um tempo, um presente- eterno.
No momento em que comecei a voltar para meu corpo o sentimento era de como eu fosse nada, mas que, no entanto continha o tudo. Ínfimo! Quão pequeno eu era, a sensação é de que eu fosse uma célula comparada a meu corpo. Então nessa regressão presenciei o que acredito terem sido outras vidas, não necessariamente passadas. Houve uma explosão, um Bum! E estava sentado em uma cadeira que tinha dois gatos, um em cada braço da cadeira. Era uma sala grande. Portas muito altas se abriram em uma pessoa entrou. Começou a falar, mas eu não compreendia, eu apenas assistia aquilo. Abri um compartimento ao lado do braço da cadeira de onde tirei um cigarro, e o acendi no gato que estava no braço da cadeira, que afinal era um isqueiro. A pessoa que entrou me deu uma noticia muito ruim, o que eu acredito ter sido a morte de um filho, eu não sei ao certo, mas senti muita dor e tristeza. Eu teria que tomar uma decisão. 
Então voltei no tempo, cada vez mais rápido. Outro Bum, e eu tinha 30 e poucos anos e estava tendo ideias sobre publicidade e filmes, sonhos e muita criatividade. Houve cinco paradas como esta, todas seguidas de um BUM! Somente lembro das duas primeiras e da ultima. As outras duas foram muito rápidas, e eu sei que tive a visão delas, mas não lembro como eram.
Na ultima parada antes de chegar ao meu corpo, lembro me de ser uma serpente rastejando pelo deserto, além da serpente eu era todos os grãos de areia daquele deserto, e como serpente, estando nela, eu sentia o calor do sol em meu corpo de serpente. 
Após isso abri os olhos e estava me desenrolando, meu corpo estralava, mas não havia dor, e não era eu que fazia aqueles movimentos. Tentei me mexer e senti uma dor horrível, a sensação era de que iria quebrar meus ossos, então deixei que o movimento automático terminasse. O movimento acabou com meus braços esticados para frente. 
Ate então ainda estava consciente de aquilo tudo, da onipresença e do prazer; mas quando meus braços se soltaram todo aquele sentimento, sabedoria e prazer do extase começou a me escapar, como a areia que escapa da mão que a aperta forte e tenta segura-la.
Eu não queria perder aquele estar- sentimento, fiz força para segura-lo, mas não adiantou. 
Cinco segundos depois eu estava no meu quarto com meu coração batendo a mil, sem saber mais o que é realidade. Fiquei pasmo pelo que havia acontecido, a sensação era estranha, mas estava feliz por ter acontecido. Me lembro de chorar. Isso aconteceu antes de eu estudar ocultismo ou ter qualquer faculdade. Eu era apenas um junky, e somente depois do ocorrido fui me interessar pelo assunto. 
Voce que lê este livro agora deve estarpensando, mas isto deve ter sido apenas um ilusão, uma “ viagem da droga afinal”. Pois bem, desde dos primórdios, antes das religiões existirem , xamas usavam substancias, como cogumelos, peiote, ayhusaca para alcançar o estado de transe e entrar em contato com o divino. Estados alterados da mente são o principio fundamental do Divino. Veja  Hebreus, 11-3
” Pela fé acreditamos que o universo foi manifestado pela palavra de Deus de forma que o visível veio a existir pelo invisível.”
Ainda falando sobre ilusão, os hindus acreditam que todo este universo manifestado é Maya, ou seja ilusão. Em sânscrito o terceiro principio da trindade divina é Manas, que quer dizer mente. O primeiro principio é Atma ( Espirito, UNO, Absoluto) e o segundo Budhi( Alma) . Na bíblia novamente, em genesis, 1-3 , “E disse Deus; Faça se a luz”.
 No novo testamento, Joao 1-1 “No principio, era o Verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Joao 1-3” Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Ora o verbo é logos grego. Segundo o Glossario Teosofico De Helena Blavatsky, entre outras coisas ele é, “O efeito da causa que permanece sempre oculta e não manifestada...assim a linguagem é o logos do pensamento...principio e fim do universo. .. é absoluto o ser e o não ser.   “O primeiro pricipio de hermes trismegistro é ,” O todo é mente” . Nota se que o verbo ou Logos, se da pela mente. Esta ,mente, ou no caso o pensamento, concepção de uma ideia como criação, é o inivisivel que é fundamento para o visível de que fala Hebreus 11-3. 

Para exemplificar
Einstein diz:“ E porque parece a luz ser tão leve? Talvez porque sua massa ( velocidade) é a máxima, e seu volume ( materialidade) é mínimo...A matéria, antítese da luz, é o máximo do volume( quantidade) e o mínimo de massa (qualidade)...
No homem, a luz pode ser representada pelo – EU- máximo em qualidade; ao passo que a matéria é representada pelo –EGO-, máximo quantidade e mínimo em qualidade...
O determinismo causal é diretamente proporcional ao volume do objeto, e inversamente proporcional a sua massa.
O ideterminismo( auto- determinação) é diretamente proporcional à massa, e inversamente proporcional ao volume do objeto.
 * Einstein - O enigma do Universo

Veja ao seu redor. Veja como tudo é criação mental do homem , exceto a natureza.
Sua roupa, o cigarro, a caneta, a luz elétrica, a mesa, a cadeira, a roda, sua casa, sua cidade...
Então por exemplo um arquiteto tem uma ideia. Ele a desenhou repassou para um obreiro, e após algum tempo sua ideia se tornou real, (fisicamente material).
Considere o pensamento, ou ideia como massa (velocidade).
E a manifestação física- material- temporal, como volume (materialidade)
 Fiat Lux ! = Faça se a Luz. Genesis 1-3.
A luz tem um sentido de ascender em ocultismo; de subir, elevar o espirito. E materialmente é fato que o fogo sempre sobe. Além de representar a ascencao,o fogo também representa a Luz, ou seja o conhecimento.
Sobre o tempo ser um eterno agora. 
Considere a luz como idéia.
O arquiteto tem a idéia instantaneamente; e só com o tempo ela acaba a materializando. Ele leva algum tempo para desenhar seu projeto, fazer os cálculos, e assim repassar para obreiros, e por conseguinte, estes repassarem para mestres de obras e para funcionários da obra civil. Tudo isso leva tempo.
Leva se dois anos para construir um prédio, e digamos que uns 200, anos  para que ele se decomponha. Mas todo o prédio criado foi concebido em um instante na ideia. 

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Então agora suponha um lugar sem espaço e sem tempo como eu afirmo ter presenciado. Em todas as religiões é comum encontrar a frase: EU SOU. Este “ser”, e “estar em tudo” supõe ser o todo. O eterno ser e estar.  Em budismo se diz que é necessário aceitar o AGORA (presente), pois tudo É. Ou seja, sempre é o agora. O que exclui o tempo considera como Passado, presente e futuro. Na verdade isto são construções mais sintáticas para configurar a linguagem e se situarmos. Se você pensar no passado você pensa nele no agora, quando ele aconteceu era também um agora; quando você pensa no futuro , você pensa nele agora, e quando ele acontecer será também num agora. Então passado e futuro são ilusões mentais. 
Em Hermes Trimegistro pode se encontrar a frase ”Quod enim est erit semper”( Pois o que é, sempre será). E também “Assim é em cima como é embaixo, assim é embaixo como é encima”. No capitulo Genesis da bíblia 1-26 “E disse Deus, Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.
O Microcosmo (humano), e Macrocosmo ( divino).
Nota- se claramente os opostos aqui, espírito (etéreo) e matéria (física), massa e volume de Einstein. Segundo ele sua teoria física “O volume é inversamente proporcional à massa; e a massa inversamente proporcional ao volume”. E ele também considera na Teoria da relatividade o tempo como sendo relativo.
Ísis e Osíris no Egito, destruição, para um novo nascer.
 A serpente de Ouroboros, comendo a própria calda,representa a eterna geração e decomposiçaõ , Solve et coagula, expande e recolhe, é conhecida na grècia como Hen To Pan ( O um, O Todo)


Exposto os dados eis minha teoria.

O arquiteto que tem a idéia, por via de um pensamento (luz) tem esta idéia instantaneamente, ou tão rápido, que exclui o tempo.
Então desenha o projeto,  e após algum tempo, o projeto, e sua ideia se faz fisicamente material.
Uma vez manifestada esta ideia materializada irá se decompor com o tempo, isto é o Devir de que Heráclito falava, e servirá de base para uma nova criação, mesmo que apenas como um exemplo para fundamentar outra ideia.

A “Destruição para algo novo surgir” que é representada por  Ouroboros.  No egito serpente era o símbolo do conhecimento. Nagas. 


Portanto supondo o divino (Luz, Massa), o Deus de todas as religiões, que tudo criou, e que tudo provem e deriva. Se toda criação é um pensamento (idéia) deste divino, sobre o todo que ele já é, e que se materializa devido ao espaço e tempo,mas que em si , já é, e é concluído em si. Como ELE  é instantâneo( sem tempo) seu corpo(massa/ velocidade) não se materializa, ou não pode ser realizado, devido sua matéria. (volume)  Pois a (luz, massa, velocidade, ou O SER, Macrocosmo) é inversamente proporcional a matéria ( Volume, Ego Humano, materialidade, microcosmo).

Tendo em vista isto, fica mais compreensível entender porque o tudo e o todo são absolutos, sem espaço e tempo. Isto é, o  EU SOU em tudo e no todo de todas as religiões.
Dessa forma há como supor que tudo já existiu e já aconteceu.
A nossa percepção do tempo é assistir tudo que é nossa criação. Vivemos e somos a idéia “divina” se materializando; Somos ela em si mesma. Vem do sonho e se torna realidade.  Do invisível ( pensamento, Logos) ao visível e material. Então a realidade se decompõe, no Devir ( Eterno vir a ser) e volta a ser Etérea ( não material) , volta a ser sonho, e denovo do sonho se faz realidade.


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